DISFORIA DO GÉNERO espaço não oficial

26
Out 08

Com alguma frequência somos tentados a pedir aos nossos interlocutores, com quem nos sentimos à vontade e sabem da nossa temática particular, que se coloquem no nosso lugar, que se imaginem, com toda a vivacidade do seu espírito, num corpo oposto a essa plena identificação.

Sabemos que isso não acontece, pelo menos, de forma tão forte que possa fazer a diferença. uma coisa é imaginar - que não se imagina nada, em realidade - outra é viver, efectivamente, a experiência.

Hoje vi na Net um artigo que me chamou a atenção. Uma entrevista com uma recém atriz, que representa o papel de um transsexual masculino, portanto, um FTM, como nós.

O que me realçou o interesse foi exactamente este desabafo: "A transformação em homem foi assustadora"

Isto é o que sente um Ser trangénero, só que, os verdadeiros não têm que se transformar, já vêm kitados.

  

Aqui fica uma parte, a que nos interessa, do texto: 

 

PRÓTESE PENIANA Como nem tinha sido atriz no Brasil nem falava francês, nunca considerou a hipótese de atuar em Paris. “Foi o cinema que veio até mim”, diz ela. E num papel longe do fácil. Tiresia é um transexual brasileiro. Seqüestrado por um admirador, sem poder tomar seus hormônios, vai se transformando novamente em homem aos poucos. A fase masculina é vivida pelo paulistano Thiago Teles. Clara Choveaux teve de aparecer nua, usar barba e até uma prótese peniana. “Foi tudo difícil. Ou entrava de cabeça, ou entrava de cabeça”, diz. “Como não tinha experiência nem técnica, comecei a me transformar no personagem até fora do set”, conta ela. “Tive sonhos eróticos com minhas amigas”, diz Clara, que garante não ter experimentado colocar o sonho em prática. “Por falta de tempo e oportunidade!”, explica, às gargalhadas.

 

A transformação em homem foi assustadora. “O meu primeiro contato com a barba foi um horror. Vi meu irmão no espelho. Não conseguia me suportar”, diverte-se. Considera que isso foi ainda pior do que usar a prótese peniana. “No fundo, me ajudou, foi como uma máscara. Se eu ficasse nua sem a prótese, seria mais difícil”, diz. “E você sente a potência, menina!”, gargalha. Para a equipe, no entanto, foi péssimo. Todos ficavam constrangidos em pegar suas medidas. A primeira cena foi chocante. “Tirei o roupão e virei de frente. Houve um silêncio absurdo. Todo mundo ficou hipnotizado pela criatura”, ri. Como recordação, uma das próteses foi parar em sua casa e ganhou o apelido de Adolfo. “É o meu troféu”, afirma. Ela chama as amigas para ver o artefato, e sua companheira de apartamento quase morreu de vergonha quando o limpador de lareira o descobriu escondido no lugar.

 http://www.terra.com.br/istoegente/222/reportagens/clara_ghoveaux.htm


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