Estes últimos tempos têm sido algo dificeis para mim.
Uma luta interna constante para me manter à tona.
Não me tem apetecido escrever, fazer nada.
Chego a casa cansado. Cansado do trabalho, cansado do ambiente, cansado da hipócrisia, cansado das futilidades, cansado das banalidades. Cansado de pequenas situações que, para quem já está cansado, assumem a forma dos moinhos de vento de Dom Quichote.
Estou cansado desta vida, desta espera.
Uma pessoa passa meses a construir uma relação confortável - no meu caso com os utentes -, em que assume a sua verdadeira personalidade, constrói, mantém, para, de um momento para o outro, em poucos minutos, vir um colega que põe por terra tanto empenho, tanto cuidado.
Por vezes sinto-me tão revoltado que me apetece desistir de tudo e de todos.
Pergunto-me até quando. Até quando vou precisar de despender energia preciosa para manter o equilíbrio, aguardando o tão esperado dia...